
O tema desta semana não visa gerar polémica, é um tema selectivo e que não é do agrado de todos os utilizadores do Blog, Nunca será possível criar um tema capaz de agradar a todos na mesma semana. Cada ser humano encerra em si diferentes crenças e valores.
O Tema desta semana é o Coleccionismo, porque todos já alguma vez fizemos colecção de algo ou ainda fazemos.
O coleccionismo é um factor de agregação social por ser originário de um
desejo quase irracional de possuir determinado objecto.
É uma cultura superior a raça ou condição social cria um vinculo de
amizade entre os coleccionadores, este convívio social é movido por uma competitividade em possuir mais e em maior quantidade, esta sociabilidade e competitividade da origem à formação de Clubes, Sociedades, Associações e comunidades.
Este movimento que gira em torno da arte de coleccionar traz um sentido de vida onde o prazer é capaz de libertar o homem das suas preocupações diárias e envolvendo-o num mundo único.
Assim para esta semana o espaço do Blog fica aberto à descoberta, encontro e debate de coleccionadores para poderem partilhar a sua “arte” e quem sabe poderem fazer trocas entre eles, deixo ainda o repto para aqueles que não são coleccionadores actuais, mas que já alguma vez o foram para partilharem as suas historias de coleccionadores, o que coleccionaram os gastos que fizeram até onde foram pela sua colecção?
Cumprimentos a todos os utilizadores deste espaço
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O coleccionismo mais divertido na nossa freguesia é o coleccionismo de partidos e tachos.
ResponderExcluirEste gajo não diz nada de jeito, é impressionante!!!!!
ResponderExcluirQuando abre a boca só sai m..........
Ora ai está um tema bastante interessante, é a primeira vez que participo neste blog porque este tema se enquadra comigo, sou um apaixonado pelo coleccionismo, mas precisamente pela numismática, faço colecção de moedas antigas e de outros países, gostava de saber se existem mais pessoas por aqui que partilhem o mesmo gosto?
ResponderExcluirEste tema a poucos deve interessar no entanto é dos mais interessantes que por aqui já passou. Faço colecção de selos, moedas e bonecas de qualquer parte do mundo.
ResponderExcluirJá agora dou a conhecer uma das mais curiosas colecções que alguém faz em Maiorca. Estatuetas de santos religiosos. E apesar de não praticar o catolicismo acho que é uma colecção deveras interessante.Se alguém quiser trocar pode contactar através de mize.65@sapo.pt
Descobri hoje uma palavra nova: filumenismo. Não sei ainda o que significa, mas parece-me que diz respeito aos coleccionadores de caixas e carteiras de fósforos. Se assim é, tenho aqui a oportunidade perfeita para prestar uma, muito justificada e aguardada, homenagem. A homenagem devida a todos quantos coleccionam coisas estúpidas. Refiro-me, mais exactamente, àquelas colecções, dir-se-ia, menos nobres, do tipo latas de refrigerantes, porta-chaves, copos, canetas, pacotes de açúcar, calendários de bolso, bases para copos, pins, miniaturas de garrafas e, claro, carteiras de fósforos, esse tipo de coisas. Quando digo menos nobres, não é fortuito. Existe, toda a gente o sabe, uma hierarquia nobilitante para coleccionadores. Isto é de tal maneira elitista que os coleccionistas adoram burilar palavras para se designarem e distinguirem uns dos outros, em diferentes seitas: bibliófilos, filatelistas, numismatas, enófilos, medalhísticos, cartofilistas, notafilistas, e, claro, filumenistas, tudo sempre mais ou menos fundamentado com uma etimologia propícia, que a todos elucide. Isto, meus amigos, é coisa séria. Eu diria que a aristocracia dos coleccionadores é encabeçada pelo coleccionador de arte, a par com o coleccionador de livros raros, móveis e automóveis. A seguir é capaz de vir o coleccionador de selos, moedas e vinhos. Para terminar, a arraia-miúda dos coleccionadores de coisas estúpidas. E estes é que me desarmam por completo.
ResponderExcluirÉ enigmático este deslumbramento por coleccionar coisas. Não me refiro, repito, ao coleccionismo de selos; dizem-me, até, que é para conhecer outras realidades geográficas e culturais. Pode ser, embora não esteja totalmente convencido. Moedas e notas terão um longínquo interesse financeiro e político, o que é admissível, também. No entanto, conheci um amarantino coleccionador de vinhos, um enófilo, que não bebia, facto que não é estranho, uma vez que um filatelista pode muito bem não enviar cartas a ninguém. Mas já aprendi que o coleccionismo envolve uma distante potencialidade cultural, que parece não ser mínima nesta equação das devoções ociosas.
Pela minha parte, nutro grande admiração por quem colecciona, ponto final. Não importa o quê. Basta vê-los numa daquelas numerosas feiras que existem por todo o lado; nunca se chega a perceber se estão ali para vender, comprar, trocar ou só para armar barraca. Não é fácil identificá-los. São os que andam com uma espécie de bíblias pequeninas debaixo do braço e que consultam com grande insistência; para disfarçar, os devotos dão a estes livros sacrossantos o nome pagão de "catálogos". É uma gente persistente e atarefada, numa espécie de ocupação desocupada, deambulando por ali, demoradamente. É que, além do mais, coleccionar é coisa para demorar. Nenhuma colecção tem interesse se não demorar. Lembro-me de um amigo figueirense, que recebeu, inesperadamente, uma colecção tão gigantesca de selos internacionais de altíssimo valor que, imediatamente a seguir, talvez por isso mesmo, perdeu o interesse pela filatelia, que era até aí uma sua predilecção. A dádiva empanturrara de alimento uma dieta que se mantinha até então rigorosamente equilibrada.
Daqui a predilecção que tenho por coleccionadores. Sempre me pareceram todos maratonistas. E eu conheço a importância das corridas de fundo. Eu gosto das coisas que demoram.
Mas filumenismo é algo de novo para mim. Só para mim, reconheço, que eu muito bem sei que existe, no Porto, a Associação Portuguesa de Filumenismo (Rua Formosa, 400-2º 4000-249 Porto, 222059850). Já fui ver. Mas, pronto, a mera existência de uma palavra para identificar quem colecciona caixas de fósforos é-me muito gaiteira e reinadia. Encher uma casa com caixas de fósforos certamente terá algo de pirómano, mas não é só. Não sei ainda compreender por que razão alguém decide encher a casa com esta bugiganga, mas o certo, certo é que existem apartamentos neste país habitados por caixas e mais caixas, cheias de pacotes de açúcar que têm 20, 30, 40 anos de idade, paredes e prateleiras carregadinhas de latas e tectos cobertos de porta-chaves. Pasmo, sempre que visito uma destas colecções. Que interesse poderá ter esta embirração? Porque isto não é coleccionismo. Não se aprende nada sobre cerveja, com oitocentas bases para copos, que um único livro sobre o assunto não ensine. Ou uma imperial. É, portanto, uma teima.
Num mundo em que nada permanece e tudo muda, tenho para mim que o coleccionismo é uma dessas manifestações humanas, tanto cutâneas como medulares, que resultam de um fascínio pelas coisas que não terminam. O meu pai durante muitos anos foi coleccionador de lápis de carvão. Legou-ma a mim, que, por respeito à diligência recolectora paternal, a tive de organizar de acordo com um patético método cromático; os azuis, junto dos azuis, amarelinhos com amarelinhos e por aí adiante. Mas eu acho mesmo que existe um lado quimérico nestas colecções, menos nobres. Porque não têm fim e não servem para quase nada. Podíamos agora convocar uma retórica mais ou menos paspalhona, que referisse aqui e ali a palavra “imortalidade” para dar um ar cuidado ao pensamento. Não sei se é do fósforo que não chega a riscar-se, mas acho mesmo que esta coisa do coleccionismo envolve uma reflexão, mesmo que inadvertida, sobre a finitude das coisas. Não acredito que esta gente, como o meu pai, juntem coisas por juntar. Existe algo mais do que isto, que me é sempre ténue e imperceptível.
Pela minha parte, eu apenas colecciono calinadas. Gosto de ouvir dizer que uma equipa está a “quilómetros-luz” de outra, ou alguém que diz “eu caí aqui de enxofre”, ou quem me confessa que padece de uma "hérnia fiscal" e que o seu médico é “pugilista que faça a operação”, que determinada pessoa, antes de ir para fora, “teve de levar uma vacina contra a Malásia”, quando alguém diz que fulano é tão giro que podia muito bem ser um "top-móvel", alguém que me assegura de uma passagem bíblica que vem no “Livro dos Genesis”, um outro que se apercebe que Portugal anda a perder mais e mais "postes de trabalho" ou quem me pergunta se quero o seu “número de telemóvel ou do telefone físico”, enfim, coisas deste tipo. Mas isto é corridita pouca. Fogachos de fósforo. Estou a quilómetros-luz dos meus amigos filumenistas.
Achei muito interessante a ultima abordagem aqui feita, muitas vezes tambem já pensei , qual o motivo que leva as pessoas a colecionar, compreendo as que colecionam com base em artefactos culturais e as que colecionam com base em aspectos economicos, mas dificil mesmo de entender é o colecionar por colecionar.
ResponderExcluirA arte de colecionar:
"Um ser inquieto, um caçador de um tesouro perdido, um pesquisador por natureza. Em qualquer parte do mundo, os colecionadores adotam atitudes iguais: são capazes de grandes façanhas para adquirirem uma nova peça, a próxima de sua coleção. Qualquer esforço é válido para ir em busca do “tesouro perdido”.
Para os psicólogos, a coleção é sinônima de farto material de pesquisa que ajuda a compor o perfil do colecionador.
Apesar de não ser fácil determinar as características de um colecionado, algumas atitudes determinam muito daquele individuo, podemos até dizer: “Diga o que coleciona e te direi quem és...”, busca incessante de um objeto e ciúme em relação a sua coleção. Alguns colecionadores preferem expor a sua coleção; outros preferem guarda-la.
Existem dois tipos de colecionadores, o temático e o sazonal. O puramente temático colecionará sempre os mesmos objetos, dentro do mesmo assunto. Já o sazonal se interessará por temas cujo interesse varia de época para época. Por exemplo, em dezembro, ele pode colecionar objetos relacionados ao tema Natal"
Encontra-se mais alguns estudos neste site:
http://www.ipcolecionismo.com.br/exibir_revista.php?noticia=52
Mas as verdadeiras razões acredito que morrem com as pessoas.
Existem também os valores sentimentais que se adquirem c/ o falecimento de determinada pessoa possuidora de uma colecção. Com o tempo também vamos aprendendo a gostar o que nos deixaram.
ResponderExcluirMaria Antonia
Há muitas maneiras de demonstrar o nosso empenho por aquilo de que gostamos. No meu caso concreto, posso dizer-vos que gasto várias horas por dia a tratar de alguma coisa relacionada com a colecção dos pacotes de açúcar.
ResponderExcluirDesde há um ano e meio, tenho vindo a aprender muita coisa relacionada com o coleccionismo, devido às várias centenas (sim, não me enganei, são centenas) de coleccionadores com quem já troquei pacotes ou simples mensagens. Muitos deles até tive o prazer de conhecer pessoalmente.
Entretanto, há também os que negoceiam em leilões de pacotes e que são capazes de oferecer valores surrealistas por um produto de que apenas vêem uma foto, a pessoas que desconhecem, sem garantias. Não poderemos prescindir de ter um pacote primeiro que o Manel ou antes que apareça em circulação? E não poderemos esperar por arranjar um pacote no café da esquina, temos de o comprar logo que o vemos ou sai para o mercado?
Se o coleccionismo de pacotes de açúcar continuar a ir por atalhos e caminhos escuros, dentro em breve não poderei trocar pacotes pois tudo vai custar dinheiro.
- Deixem as embaladoras fazer o seu trabalho, vamos preocupar-nos apenas que nos digam o que saiu e onde se pode encontrar.
- Arranjem pacotes onde eles circulam – nos cafés, restaurantes, hotéis, etc., aí é que é o sítio deles.
- Vamos trocar e não vender ou comprar. Por que é que um pacote há-de valer 5 euros em vez de 10 pacotes?
- Vamos participar nos encontros de coleccionadores, mas para nos conhecermos melhor, para trocarmos impressões e, se houver tempo, trocar uns pacotinhos.
- Vamos ter paciência para arranjar pacotes, se não for hoje, será amanhã, para a semana ou daqui a 2 meses. Não se esqueçam de que os pacotes das grandes marcas saem aos milhões, chegam bem para todos.
- Vamos partilhar tudo o que sabemos, mesmo aquilo que possa parecer absurdo ou que pensamos já todos saberem, por vezes não é bem assim e não nos podemos esquecer que estão sempre a aparecer novos coleccionadores.
Todos os homens que eu conheço têm um bocado a pancada do coleccionismo...
ResponderExcluirUns até são coisas banais como selos ou cadernetas do México 86...Outros, já roçam o improvável como isqueiros de todos os tamanhos e feitios, discos rígidos pejados de pornografia ou anões de porcelana no jardim (sim, eu conheço homens que se vêm obrigados a ter a Branca de Neve e os 592 anões...de porcelana no Jardim...)
No meu caso, tenho um sério problema de coleccionismo de emails...Vou apagando um aqui, outro ali, mas deixo acumular centenas...Hoje, não sei bem porquê, deu-me para ir limpar a pasta do Inbox...
Várias conclusões...
- Um porradão de newsletters da Galp por causa do cartão de pontos...Ainda estou à espera do dia que possa trocar os meus pontos por volumes de tabaco...
- O Berardo continua a aliciar-me com os seus convites...Venham eles que é sempre um prazer dar um saltito ao CCB...
- A Greenpeace...Sim, eu recebo newsletters da Greenpeace...Sou gato, gosto de peixe...
- Newsletters de informática...São mais que as mães...Perdi a conta às centenas delas desde Junho que apaguei hoje...
- Inúmeros mails de muitos amigos...O meu Outlook tem uma particularidade interessante...De momento, deixa receber mails, mas mandá-los, tá quieto!!!É mais esquisito que o dono...Vou ter de instalar a porra do Thunderbird ou coisa que o valha, sei lá...A todos aqueles que por alguma razão não têm notícias minhas vai para, digamos...3 ou 4 meses, não estranhem...Mandem um pombo correio...Esse de certeza que cá chega, e com um pouco de arroz faz-se um petisco de lamber as beiças...
PS: ou então uma Casa do Lavrador...
ResponderExcluiroooohhh , you are falando me myselfe. tenho great collection. até um museum. lets trade uns poucos de pictures ou de cromos da bola. sockers!!!! vou até falar com o Lopes, aquele do Steps de Maiorca.make a big museu.
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