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No dia 1 de Fevereiro 2009 inicia-se este projecto denominado “Nós Por Maior…Cá” um blog com interesse para todos os habitantes da Vila de Maiorca.

Numa sociedade cada vez mais Globalizada e onde o tempo escasseia cada vez mais o acesso a uma informação rápida e seleccionada é fundamental. A internet ganha cada vez mais relevância na sociedade, rompendo com os media tradicionais como a televisão rádio e jornais. Para dar resposta a este desafio foi desenvolvido este projecto de forma a potenciar o uso da palavra e a fazer uma reaproximação das pessoas na discussão de assuntos com relevância mútua.

Este é um espaço de todos e para todos e nesse sentido a colaboração de todos é sempre bem vinda.

Para tal, faça chegar até nós, informações úteis, e sugestões de temas a serem abordados, através do E-mail: nospormaiorca@gmail.com

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domingo, 1 de março de 2009

Pedreira de Maiorca, Monstro adormecido até quando?


No passado rios de palavras correram na imprensa, foi o epicentro da revolta, foi tema de discussão nas Assembleias da República, Câmara e Freguesia, conseguiu unir a população em manifestações e lutas com repercussões de nível nacional.

Fazendo uma pequena síntese dos acontecimentos, tudo começa em 1999 quando é conhecida a notícia da intenção de levar por diante a construção de um Aterro de Resíduos Industriais Banais (RIB). O Instituto Nacional de Resíduo batalhou contra leis nacionais e comunitárias, contra autarquias e contra populações, para levar os seus interesses por diante e construir um aterro de resíduos industriais em Maiorca. Para fazer frente a todas estas intransigências foi criada a Comissão Anti-Aterro Industrial do Baixo Mondego que integrou autarcas, técnicos, investigadores universitários e representantes das actividades económicas da região, que levaram a cabo varias acções de luta com especial destaque para a grande manifestação de agricultores do Baixo Mondego, em Junho de 2003. Também todas as autarquias vizinhas chumbaram o projecto da criação do (RIB) em Maiorca.

Esta luta teve sempre fundamentos e pressupostos seguros no campo legal como as leis nº 321/99, de 11 de Agosto, estabelece as regras para o licenciamento de Aterros de Resíduos Industriais Banais (RIB) e diz expressamente que “A localização e implementação de aterros para RIB deve atender aos condicionalismos previstos nos planos directores municipais respectivos...” — o que não foi cumprido — e que deve “manter um afastamento mínimo de 2 quilómetros em relação a núcleos populacionais com mais de 50 pessoas” caso de Maiorca são 500 metros
O projecto representaria uma autêntica catástrofe no acumular de resíduos altamente poluentes e tóxicos, desde resíduos de animais, lamas de lavagem e limpeza industriais, lamas de tratamento de efluentes da indústria têxtil, resíduos de peles curtidas, cinzas diversas, e outros tipos de resíduos.

A Universidade de Coimbra apresentou pareceres esclarecedores quanto à geologia, à hidrologia, à hidrogeologia, aos impactes ambientais, aos riscos naturais e à saúde pública, caso a obra se concretizasse.
Contaminação das águas superficiais do Mondego;
Contaminação das águas subterrâneas dos sistemas aquíferos
Contaminação das espécies que contactam com os resíduos (aves, roedores, insectos, etc.);
Contaminação dos solos aluvionares dos campos agrícolas.

Ou seja, entre outros, estavam sob ameaça:
• A água de consumo humano e a que é usada na rega dos campos;
• A carne, o leite, o peixe e os produtos agrícolas que atingem mercados muito vastos;
• As aves e outros animais de caça, bem como as cadeias alimentares naturais, mesmo em territórios distantes.

Mesmo com todos estes dados nunca existiu um chumbo definitivo do projecto e em Novembro de 2003 secretário de Estado do Ambiente, José Eduardo Martins, deu luz verde ao reinício das obras do aterro de resíduos industriais banais (RIB) de Maiorca considerando que «estavam reunidas todas as condições para a execução do projecto» e assim podendo assumir os compromissos com a Tratofoz entidade responsável pela construção do aterro num projecto orçamentado em cerca de 1,5 milhões de euros.
O processo arrastou-se mais algum tempo e em 2005 o Ministro Luís Nobre Guedes em visita á Figueira da Foz garante que não irá haver aterro em Maiorca durante o seu mandato e tudo ficou em banho-maria não se conhecendo desenvolvimentos relevantes.
A única certeza é que o local continua ao abandono e que não apareceram soluções para ele, embora se saiba que a Câmara da figueira tem um projecto de recuperação paisagística e requalificação.
Mas poderá estar a população de Maiorca descansada relativamente ao aterro? Será que foi um assunto que ficou enterrado no passado, ou ainda é um monstro adormecido que poderá voltar acordar devido aos grandes interesses económicos que estão intimamente ligados?

Qual o verdadeiro futuro destes espaço? Quais as soluções?

14 comentários:

  1. Que se pode dizer com tantos pressupostos contra? Nada! A utilização daquele espaço para esse fim que se falava não reunia condições para que avançasse... quanto a mim poderia até ter dado alguns empregos à população de Maiorca, trazer algum desenvolvimento, mas também poluição, problemas ambientais de todo o tipo e para a própria saúde da população! Nada mais a dizer... Um tema com muito pouco interesse e relevância. Pouco a dizer perante a situação económica que o país vive. A junta também não pode fazer uma obra deste calibre, portanto há que aguardar!

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  2. Daqui os meus cumprimentos ao excelente prefácio preconizado pelos Srs Administradores deste blog, em relação a este tema tão sensivel.
    Ao ler apercebi-me que temos por tras de construção de blog, não obstante da sua estrategia politica, um numero desconhecido de conhecedores de resultados politicos e suas decisoes, devendo por isso estar no meio do enredo politico.
    Ainda assim o tema em sim não terá resposta facil. Não sou capaz de a dar, nem de tão pouco opinar. Na informação que recolhi chego apenas à conclusão que tal projecto seria maléfico para o ambiente, mas quem sabe benéfico para o desenvolvimento estrutural de Maiorca. (?)
    Cá para mim lamento os imensos desempregados que resultaram da falência da Empresa Guilherme Varino e Filhos e espero apenas que todos eles se encontrem já devidamente integrados no tão dificil mercado de trabalho que assola a nossa região e obviamente o nosso País.

    Cumprimentos ao Sr. João Mateus e à sua escrita atenta e isenta.

    R28

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  3. um rebuçado para quem adivinhar o nome do ministro do ambiente, do governo PS, que, na altura, avalizou a contrução do aterro de Resíduos Industriais Banais (RIB)...

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  4. E tão linda a campanha politica...o sr R28 que por todo lado criticou o João Mateus quando estava na união.... agora já lhe dá palmadas nas costas...

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  5. Só duas coisas a dizer quanto a este tema:

    1 - Nunca há-de existir um aterro naquele local, porque o Povo não deixará;

    2 - A solução para o local, dado que já terminou a sua exploração, passa apenas pela retirada dos poluentes que aí foram depositados aquando do início do projecto do aterro (pneus, etc). Não existe outra utilidade para o local. Devem ser eliminados os desníveis mais perigosos, apenas por percaução, e deixar a natureza voltar a tomar conta do local. Existem investimentos prioritários noutros locais, e naquele a Natureza terá de ser encarregada de o fazer voltar a equilibrar.

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  6. Mas, se quiserem mesmo saber o que vai acontecer na pedreira... consultem em

    http://jornalocoice.blogspot.com/

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  7. Sr. Anónimo o seu nome completo deve ser " Anónimo Maldizente Completamente Cobarde" - Parabéns pelos seus comentários " preciosos".
    Sem criticas da treta como a sua teria dificuldade em dormir.
    Mais uma vez obrigado.
    E já agora obrigado por fazer campanha por mim.
    Quanto mais em mim falar mais serei falado.

    Quanto ao João, meu amigo Anonimo,tem de certeza costas largas para as minhas "pseudo-criticas que tanto devo ter falado" e de certeza que não precisa que o Sr. Corajoso (ultimo nome - deve ser do pai) o defenda.

    R28

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  8. Na lista de contactos uteis convinha acrescentar duas instituições que fazem parte da vila de Maiorca e que prestam serviços necessários ao dia a dia do cidadão comum.
    Centro Social de Santo Amaro da Boiça - tel.233930129
    Cáritas Diocesana de Coimbra - Comunidade Terapêutica Encontro - Casais - 233.937510

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  9. Tirando o:

    "ouvi dizer que..."

    ou o tradicional

    "diz que...",

    Alguém me diz porque é que esteve contra o aterro de Maiorca?

    Em toda a Europa civilizada há aterros e incenerações como a de Souselas, porque é que em Portugal (Maiorca, que é o que nos interessa) é que é mau???!!!
    Estamos no século XXI...já há tecnologia!!!

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  10. SuperMario

    Tirando o "em toda a Europa civilizada há aterros e incenerações (...) porque é que em Portugal (Maiorca, que é o que nos interessa) é que é mau???!!!"...

    O que tens a dizer? Tens mesmo argumentos ou só tinhas esta laracha para postar?

    Não vou aqui falar de incineração, porque não vem ao caso. Apesar de te poder dizer que a Europa civilizada, de que falas, há muito utiliza as alternativas e muito menos a incineração. Há muito utiliza a reciclagem, a compostagem, todos os modos possíveis de reutilização não perigosos. Ponto.

    Quanto aos aterros, ninguém é contra... Ninguém se manifestou contra os aterros por princípio, e sim contra a localização deste, em particular. Queres argumentos? Consulta o estudo da UC, que só veio corroborar o que o senso comum já há muito nos dizia: aquela localização seria ambientalmente insustentável e desequilibradora.

    Estou à espera dos teus argumentos, como já disse, tirando o "em toda a Europa civilizada há...". E claro o "porque é que só em Portugal é que é mau...".

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  11. SuperMario, continuamos à espera que nos ilumines... com os teus argumentos, claro.

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  12. Devia aproveitar-se o buraco existente para enterrar lá os "wanna be intelectuais" e "opinion makers" deste blogue...

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  13. Este comentário foi removido pelo autor.

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